SOBRE

Want create site? Find Free WordPress Themes and plugins.

SOBRE ANDRÉ PRANDO

André Prando é referência na cena musical do Espirito Santo e aos poucos ganha espaço no cenário nacional independente. Dono de uma voz e performance visceral, canta suas composições que estimulam o pensamento crítico e que causam fácil identificação ao ouvinte. Com mais de 10 anos de carreira, atualmente Prando está em estúdio produzindo seu novo álbum de inéditas: “Iririu” – com previsão de lançamento até o final de 2023. Prando já lançou 2 EPs, 2 álbuns e 2 ao vivos que podem ser identificados como MPB, no sentido amplo do gênero, ou na permissão experimental e mais viajante da sigla: Música Psicodélica Brasileira.

Em 2023, Prando lançou alguns singles e parceria com diversos artistas, com destaque para “Vivian” – canção inédita de Raul Seixas em homenagem à filha Vivi Seixas, que Prando teve a honra de gravar com produção musical de Rick Ferreira e a participação do baixista Paulo Cesar Barros, ambos músicos originais da obra de Raul.

Seu show atual, apresenta o EP “Calmas Canções do Apocalipse”, lançado durante o período de pandemia, mesclado com músicas de toda sua obra. Seus álbuns já lançados são: Vão (2014), Estranho Sutil (2015), Estranho Sutil ao vivo na Ufes (2017), Voador (2018), Calmas Canções do Apocalipse (2020) e Voador ao vivo na Ufes (2022).

Voador (2018) se destaca por ser um disco que teve distribuição digital pela Sony, com produção de Jr Tostoi (Lenine) + Henrique Paoli. O álbum teve destaque em algumas listas de “melhores lançamentos de 2018” e foi um trabalho de grande aceitação do público e da crítica. Com “Voador”, o artista se apresentou no Rock in Rio em 2019.

CIRCULAÇÃO

Prando já circulou por MG, DF, SP, RJ, PE, RN, PA, SC, ES, Argentina, Uruguai e participou de festivais e projetos como: Rock in Rio (RJ), Circo Voador (RJ), Virada SP (SP), Baú do Raul (RJ), Prata da Casa – Sesc Pompeia (SP), Psicodália (Rio Negrinho/SC), Festival MADA (Natal/RN), Noite Cantautores (Belo Horizonte/MG), DoSol (Natal/RN), Se Rasgum (Belém/PA), Festival FEBRE (Sorocaba/SP), Feira Noise (Feira de Santana/BA), Showlivre (São Paulo/SP), Sofar Sounds (BR), Sesc Sorocaba (SP), Sesc Belenzinho (SP), Sesc Catanduva (SP), entre outros.

Além de uma enorme circulação pelos mais diversos palcos e projetos no Espírito Santo, como: Sesc Glória (Vitória/ES), Viradão Cultural (Vitória/ES), Mar da Música (Vitória/ES), Festival de Cinema (Vitória/ES), e circulação por municípios, como Serra, Vila Velha, Muqui, Mimoso do Sul, Santa Teresa, Domingos Martins, Caparaó, Guaçuí, São Mateus. Alguns artistas/bandas que Prando já fez show de abertura: Alceu Valença, Jards Macalé, Baiana System, Duda Beat, Vanessa da Mata, Supercombo, Baia, Dead Fish, Silva, entre outros.

PREMIAÇÕES

Em 2022 Prando ganhou os prêmios “Melhor intérprete” e “Melhor show” no 1º Prêmio da Música Capixaba. 2019 foi o ano de circulação do disco “Voador”. Dentre os shows realizados no ES, SP, RJ, DF, MG, RS, destaca-se o show no Rock in Rio, um grande marco na carreira do artista. Além dos shows, Prando foi indicado em duas premiações: Prêmio SIM SP 2019 na categoria “Artista Novo Talento” (ao lado de artistas como Hot e Oreia, Josyara, Mc Tha, Rosa Neon) e Music Video Festival 2019, com o videoclipe “Fantasmas talvez” na categoria “Revelação nacional” (ao lado de artistas renomados como Emicida, Letrux).

 

HISTÓRICO

O início do trabalho como André Prando se dá em 2011, quando o artista venceu o V Festival Prato da Casa (ES) e começou as primeiras apresentações e publicações de suas composições em plataformas como Soundcloud e YouTube. Em 2012 passa a fazer shows frequentemente em toda Grande Vitória e festivais do Espírito Santo. Em 2014, com seu primeiro lançamento (EP Vão), Prando começa a ter contato com a mídia nacional entrando em listas e alcançando as primeiras repercussões com críticas, resenhas, entrevistas para mídia especializada. Em seu último show de 2014, no Festival Fábrica Lab, o show de Prando foi destaque ao lado dos shows de Silva e Rodrigo Amarante.

2015 foi o ano de lançamento de seu primeiro disco: ‘Estranho Sutil’ – com produção musical de Rodolfo Simor. O álbum foi considerado um dos melhores discos do ano pelas famosas listas que circulam todo ano e realmente colocou Prando no circuito da música independente nacional. Lançou um DVD ao vivo (online); 2 videoclipes: ‘Última esperança’ (canção inédita de Sérgio Sampaio) e ‘Devaneio’, com os quais recebeu os prêmios de melhor videoclipe autoral no Festival de Clipes e Bandas (SP) e melhor produção de clipe no Festival de Audiovisual de Belém (PA), respectivamente.

No período de 2015 à 2020, Prando contou com Luara Zucolotto na construção e atuação em diversas áreas de seu trabalho. A parceria envolveu direção artística, construção estética, figurinos, cenários, roteiros e direção de projetos.

OUTRAS PARTICIPAÇÕES

Entre gravações, composições, feats e parcerias, Prando já trabalhou com bandas e artistas como: Jr. Tostoi, Rick Ferreira, LG Lopes, Duda Brack, Biltre, Lucas Estrela, Federico Puppi, Gabriel Ventura, Gustavo Macacko, A Transe, Mário Wamser, Pássaro Vivo, Cainã, entre outros.

Participou das seguintes coletâneas: “No abismo da alma – um tributo ao movimento Udigrudi” (2016), do selo TRAMP, gravando uma releitura de ‘‘Papagaio do Futuro’’, de Alceu Valença; ‘‘Faixa 6‘‘ (2017), coletânea autoral do site Scream & Yell, onde gravou ‘‘Em chamas no chão‘‘; ‘‘Um grito que se espalha‘‘ (2018), um tributo à Walter Franco produzido pelo site Scream & Yell, onde gravou ‘‘Canalha‘‘;  “¡Estamos! – Canções da Quarentena” (2020) também pelo site Screm & Yell.

Prando também é conhecido pelo envolvimento com a obra de Sérgio Sampaio, compositor capixaba de grande sucesso na década de 70. Além de ter gravado a canção inédita “Última esperança”,  costuma prestar shows tributo ao compositor e atua no Festival Sérgio Sampaio desde 2013, onde já se apresentou, dirigiu shows, fez curadoria e auxilia na produção.

SOBRE “CALMAS CANÇÕES DO APOCALIPSE” (2020)

Calmas Canções do Apocalipse é um instantâneo da vida sob o signo do autoexame, da reavaliação, do olhar para dentro, mas é principalmente a demonstração da força do espírito, da criação, da voz livre, sob condições adversas, opressivas, castradoras. Não há como estancar toda essa liberdade.’ (Jotabê Medeiros – Carta Capital, 22/05/2020)

André Prando estava em turnê de seu disco Voador (2018) quando os casos de COVID-19 começaram a aparecer no Brasil. Assim que o procedimento de isolamento social foi anunciado, o artista suspendeu toda sua agenda e se manteve em casa, estimulando que seus seguidores se atentassem e fizessem o mesmo.

Foi durante a quarentena, dentro de casa, refletindo sobre o processo de reeducação de práticas diárias, sobre o cuidado de si e do próximo, sobre coletividade, além de todas as incertezas que a situação da pandemia nos trouxe, que surgiu a necessidade de exprimir artisticamente esses sentimentos. Aos poucos foi se configurando a ideia de produzir um EP com intenção de passar conforto e esperança para os ouvintes. Prando não possui homestudio e nem a prática de gravar/produzir sozinho, então a ideia foi abraçar essas condições desafiadoras e soar lo-fi. É um EP feito realmente em casa.

Foi ouvindo o LP “Coração selvagem” (Belchior) num café da manhã, que surgiu o insight do EP ao ouvir a música “Clamor no deserto”. A música, somada com outras duas composições que estavam em andamento, encaixava-se perfeitamente com uma mensagem aflita, porém esperançosa, de que um novo entendimento de vida é necessário: “um novo momento precisa chegar / eu sei que é difícil começar tudo de novo / mas eu quero tentar”.

A intenção foi produzir canções tranquilas, positivas, reflexivas e, inicialmente, que fossem no formato voz e violão, mas durante o processo de produção as músicas foram ganhando novos elementos. Prando convidou amigos músicos para gravarem participações, cada um gravou seus instrumentos em casa, à distância, e enviaram os arquivos. Dessa forma, o EP traz arranjos variados, mantendo a estética acústica. Seguindo esse mood, Prando deu ao trabalho o nome “Calmas Canções do Apocalipse”, com as músicas “Gatinho na Internet” (André Prando/Biltre) + “Dharma” (André Prando/Luiz Gabriel Lopes) + “Clamor no Deserto” (Belchior).

 

SOBRE “VOADOR” (2018)

O disco “Voador” teve produção musical de Jr. Tostoi (Lenine) e Henrique Paoli. Foi realizado graças à um financiamento coletivo que alcançou 119% da meta. Com participações de artistas independeneste de prestígio de diferentes lugares do país, como Gabriel Ventura (Ventre, Posada), Duda Brack, Lucas Estrela, Luiz Gabriel Lopes, Mário Wamser, Puppi, entre outros, é um disco plural que explora o rock experimental, canção, pop e busca liberdade na psicodelia.

VOADOR circulou com um show conceitual, dividido em diferentes momentos, com climas distintos e uma narrativa construída a partir das músicas, somada com a performance visceral de Prando. O show foi trabalhado com a direção cênica de Carla Van Den Bergen, que trouxe a linguagem de teatro e dança para o espetáculo, agregando uma consciência performática aos artistas. A direção de arte, cenografia e figurino foram idealizados pela empresa FIGURINA – baseado no conceito artístico da identidade visual do disco – a engenharia de som e a iluminação ficam a encargo, respectivamente, de Seba Duran e Cláudio Martani.

Prando é compositor de sua obra e seu repertório é plural, se expressa bastante através do rock experimental e bebe na fonte de referências da MPB que privilegiam a poesia e a canção popular. A banda é formada pelos músicos que o acompanham na estrada há anos e gravaram o disco: Henrique Paoli na bateria, Jackson Pinheiro no contrabaixo e Philipe Rios na guitarra e sintetizadores.

“Voador” é como a visão de alguém que paira atento a si e a seu redor, observando, absorvendo e abduzindo. As músicas refletem nosso tempo, nossos antepassados e nossas utopias. Voar é sonhar, é viajar.

O TERRITÓRIO LIVRE DE ANDRÉ PRANDO

Jotabê Medeiros, escritor e jornalista biógrafo de Belchior e Raul Seixas

(12 de novembro, 2018)

Xamãs, iogues, psiconautas, dervixes rodopiantes, módulos espaciais caindo no quintal com a voz ainda quente de Timothy Leary, mergulhos coletivos em cachoeiras da Chapada Diamantina: Voador, o novo disco do capixaba André Prando, é um território enxertado de utopias e desregramento da consciência, uma invocação de mil sóis.

O tempo passa vertiginosamente na carreira de André Prando. Em 2014, lançou seu primeiro EP, Vão, co-produzido por Santiago Emanuel e Alexandre Barcelos. Em 2015, saiu o álbum Estranho Sutil, produzido por Rodolfo Simor, que o projetou como uma supernova potencial da música independente. Em 2017, ele cantou Belchior no lançamento do livro de um desconhecido no Campus da Universidade Federal do Espírito Santo por sua própria conta e risco. Meses depois, ele cantou no meio da selva durante o festival Se Rasgum, em Belém do Pará, como parte de sua turnê nacional.

Agora, está anunciando aos quatro ventos sua nova joia, Voador, um conceito de mil ramificações. Com distribuição Sony Music Brasil e produção musical assinada por Henrique Paoli e JR Tostoi, o disco tem lançamento marcado para este dia 23 de novembro.

“E o que queremos? O mundo com tudo que há”, proclama categoricamente Prando. A capa do álbum, um desenho de Caramuru Baumgartner com um toque de Moebius underground, anuncia um mundo de visões sintetizadas a ser resgatado, e é assim que a música decola.

Eu vi num transe é como se Electric Feel, do MGMT, caísse no chá quente de Beatle George, de Júpiter Maçã (com um toque dessacralizante de tecnobrega, a cargo do inimitável Lucas Estrela, de Belém do Pará). As guitarras também são de JR Tostoi, guitarrista do Vulgue Tostoi (maior versão do mundo de Vapor Barato, na opinião de Jards Macalé), que empresta a Prando a produção e o cobertor elétrico.

Santiago Emanuel, compositor de Eu vi num transe, se inspirou ao ler a biografia Fela – Esta Vida Puta (Nyandala), do historiador e etnólogo cubano Carlos Moore, sobre a vida do músico nigeriano Fela Kuti, morto em 1997.

Concha, pulsação grave estourando numa reverberação infinita, guitarra dissolvida em ácido, reapruma a festa dos pirilampos da noite. Impulsionada por riscos da agulha no vinil, a canção Fantasmas talvez começa de fato fantasmagórica e vai sendo reanimada por uma percussão de mil tabas ao fundo, um retorno ao sentimento orgânico. Musa dos Cetáceos surge de um insight de ritual submarino e de repente deságua nos experimentos “pregressivos” que evocam a antevisão de Guilherme Lamounier em Telhados do Mundo. Salve seu Broder é um mantra georgeharrisoniano gestado na turbina de acelerador de partículas Sirius. O efeito da música aqui é de liberação pelo epitélio – dificilmente escapará de virar hit.

“Moro no interior do mundo/Onde não se fala de outra coisa a não ser das coisas do interior do mundo”, canta Prando. A Plastic Ohno Band e os Novos Baianos, o blues rock inglês e a roupa de alumínio prateado das ficções passadas: a música de André Prando se alimenta deliberada ou distraidamente de muitas fontes, mas traz um condimento muito particular, fruto de sua vontade de transformação, de seu próprio olhar para dentro da humanidade. As canções de Prando vão muitas vezes direto ao espírito, sem escalas, como um esforço de evolução da consciência. Cantor da terra de notáveis crooners, como Sergio Sampaio,  Aprígio Lírio, Roberto Carlos e Juliano Gauche, ele criou seu próprio desejo de transubstanciação.

Dizem que, quando a palavra é sagrada, somente um homem sem condicionamento pode levar seu significado adiante. André Prando pode lembrar superficialmente um Maharishi de notável dentição, mas, de perto, converte-se em todos os amigos em quem podemos confiar.  Recupera a antiga lição do grande poeta gaúcho Nei Lisboa: pra viajar no cosmos não precisa gasolina.

Did you find apk for android? You can find new Free Android Games and apps.